Blasé é uma palavra francesa que significa em português algo como entediado ou, indo mais fundo na palavra/ideia, significa profundamente entediado de tudo, na realidade ou por afetação.
Por algum tempo tive medo de ser/estar blasé. Contudo, desde que passei a tentar decifrar qual a palavra que me definia – tarefa esta inspirada na leitura frívola do best-seller Comer, Rezar, Amar, de Elizabeth Gilbert -; desde então, a palavra blasé me capturou e, confesso, que é com ela mesmo que me identifico atualmente.
Sou/estou blasé, é fato. Tanto que nos últimos tempos tenho deliberadamente optado pela reclusão, afinal, tenho julgado o mundo embotado demais e violento demais, de maneira que não vale a pena correr o risco por tão pouco. Enfim, eu não tenho fome, eu não tenho sede, eu não ardo... Estou no meio do caminho, morno, blasé...
Talvez eu não fique aqui para sempre, pode ser apenas uma fase... Quem sabe... De repente, o dia amanhã nasce quente e alegre o suficiente para me seduzir a uma caminhada... A um amor... Quem sabe... No fim das contas, porém, só não quero mesmo é ter medo de mais nada, nem muito menos de saber que sou/estou blasé.
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