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sábado, 28 de janeiro de 2012

A coragem, um tesouro. O medo, uma serpente

Fábula extraída do livro A Doutrina de Buda (GAUTAMA, 2011): "Um homem que vivia perto de um cemitério, uma noite, ouviu uma voz que o chamava de uma sepultura. Sendo tímido demais para, sozinho, investigar o que se passava, confiou o ocorrido a um corajoso amigo que, após estudar o local de onde saíra a voz, resolveu vir, à noite, para ver o que acontecia.

Anoiteceu. Enquanto o tímido tremulava de medo, seu amigo foi ao cemitério e ouviu a mesma voz saindo de uma sepultura. O amigo perguntou-lhe quem era e o que desejava. A voz, vinda de baixo, respondeu: 'Sou um tesouro oculto e decidi dar-me a alguém. Eu me ofereci a um homem ontem à noite, mas ele era tão medroso que não me veio buscar, por isso dou-me a você que é merecedor. Amanhã de manhã, irei a sua casa com meus sete seguidores'.

O amigo disse: 'Estarei esperando por você, mas, por favor, diga-me como devo tratá-los'. A voz replicou: 'Iremos vestidos de monge. Tenha uma sala pronta para nós, com água; lave o corpo, limpe a sala e tenha cadeiras e oito tigelas de sopa. Após a refeição, você deverá conduzir cada um de nós a um quarto fechado, no qual nos transformaremos em potes cheios de ouro'.

Na manhã seguinte, o homem lavou o corpo e limpou a sala, como lhe fora ordenado, e ficou à espera dos oito monges. À hora aprazada, eles apareceram, sendo cortesmente recebidos pelo homem. Depois que tomaram a sopa, ele os conduziu um por um ao quarto fechado, onde cada monge se transformou em um pote cheio de ouro.

Um homem muito ganancioso que vivia nesta mesma aldeia, ao tomar conhecimento do incidente, desejou ter os potes de ouro. Para tanto, convidou oito monges para virem até a sua casa. Depois que eles tomaram a refeição, o ganancioso, esperando obter o almejado ouro, conduziu-os a um quarto fechado, mas, em vez de se transformarem em potes de ouro, os monges se enfureceram e denunciaram o ganancioso à polícia que o prendeu.

Quanto ao tímido, quando ouviu que a voz da sepultura havia trazido riqueza ao seu corajoso amigo, foi até a casa dele e avidamente lhe pediu o ouro, insistindo que era seu, porque a voz foi dirigida primeiramente a ele. Quando o medroso tentou pegar os potes, neles encontrou apenas cobras, erguendo as cabeças prontas para atacá-lo.

O rei, tomando conhecimento desse fato, determinou que os potes pertenciam ao corajoso homem, e proferiu a seguinte observação: 'Assim se passa com tudo nesse mundo. Os tolos cobiçam apenas os bons resultados, mas são tímidos demais para procurá-los, e por isso, estão continuamente falhando. Não têm fé nem coragem para enfrentar as intestinas lutas da mente, com as quais, exclusivamente, pode-se atingir a verdadeira paz e harmonia'".

Referência

GAUTAMA, S. A Doutrina de Buda. Tradução de Jorge Anzai. São Paulo: Martin Claret, 2011. p. 102-103.

sábado, 31 de dezembro de 2011

Um ano novo exige um bom caminho


MANUAL DE CONSERVAR CAMINHOS

Por Paulo Coelho

1] O caminho começa em uma encruzilhada. Ali você pode parar e pensar em que direção seguir. Mas não fique muito tempo pensando, ou jamais sairá do lugar. Faça a clássica de Castaneda: qual destes caminhos tem um coração? Reflita bastante sobre as escolhas que estão adiante, mas uma vez dado o primeiro passo, esqueça definitivamente a encruzilhada, ou sempre ficará sendo torturado pela inútil pergunta: “será que escolhi o caminho certo?” Se você escutou seu coração antes de fazer o primeiro movimento, você escolheu o caminho certo.

2] O caminho não dura para sempre. É uma benção percorrê-lo durante algum tempo, mas um dia ele irá terminar, portanto esteja sempre pronto para despedir-se a qualquer momento. Por mais que você fique deslumbrado por certas paisagens, ou assustado com algumas partes onde é necessário muito esforço para seguir adiante, não se apegue a nada. Nem às horas de euforia, nem aos intermináveis dias onde tudo parece difícil, e o progresso é lento. Cedo ou tarde um anjo virá, e sua jornada chega ao final, não esqueça.

3] Honre seu caminho. Foi sua escolha, sua decisão, e na medida que você respeita o chão onde pisa, também este chão passa a respeitar seus pés. Faça sempre o que for melhor para conservar e manter seu caminho, e ele fará o mesmo por você.

4] Esteja bem equipado. Leve um ancinho, uma pá, um canivete. Entenda que para as folhas secas os canivetes são inúteis, e para as ervas muito enraizadas os ancinhos são inúteis. Saiba sempre que ferramenta utilizar a cada momento. E cuide delas, porque são suas maiores aliadas.

5] O caminho vai para frente e para trás. Às vezes é preciso voltar porque foi perdido algo, ou uma mensagem que devia ser entregue foi esquecida no seu bolso. Um caminho bem cuidado permite que você volte atrás sem grandes problemas.

6] Cuide do caminho, antes de cuidar do que está a sua volta: atenção e concentração são fundamentais. Não se deixe distrair pelas folhas secas que estão nas margens, ou pela maneira como os outros estão cuidando dos seus caminhos. Use sua energia para cuidar e conservar o chão que acolhe seus passos.

7] Tenha paciência. Às vezes é preciso repetir as mesmas tarefas, como arrancar ervas daninhas ou fechar buracos que surgiram depois de uma chuva inesperada. Não se aborreça com isso, faz parte da viagem. Mesmo cansado, mesmo com certas tarefas repetitivas, tenha paciência.

8] Os caminhos se cruzam: as pessoas podem dizer como está o tempo. Escute os conselhos, tome suas próprias decisões. Só você é responsável pelo caminho que lhe foi confiado.

9] A natureza segue suas próprias regras: desta maneira, você tem que estar preparado para súbitas mudanças do outono, o gelo escorregadio no inverno, as tentações das flores na primavera, a sede e as chuvas de verão. Em cada uma destas estações, aproveite o que há de melhor, e não reclame das suas características.

10] Faça do seu caminho um espelho de si mesmo: não se deixe de maneira nenhuma influenciar pela maneira como os outros cuidam de seus caminhos. Você tem sua alma para escutar, e os pássaros para contar o que sua alma está dizendo. Que suas histórias sejam belas e agradem tudo que está a sua volta. Sobretudo, que as histórias que sua alma conta durante a jornada sejam refletidas em cada segundo de percurso.

11] Ame seu caminho: sem isso, nada faz sentido. E que Deus guie seus passos cada dia de 2012!

COELHO, P. Manual de conservar caminhos. Disponível em: http://paulocoelhoblog.com/2011/12/31/edicao-n%C2%BA-144-manual-de-conservar-caminhos/ . Acesso em: 31 de dezembro de 2011.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

As 7 Leis Espirituais segundo Deepak Chopra

LEI DA POTENCIALIDADE PURA
Toda a criação consiste na consciência pura manifestada.
Temos autopoder.

LEI DA DÁVIDA
O Universo opera através de trocas dinâmicas: dar para receber, receber para dar.
Vivemos em prosperidade.

LEI DO DARMA OU DA CAUSA-EFEITO
Toda ação gera uma força de energia que nos é devolvida na mesma espécie.
Somos responsáveis por tudo o que nos acontece.

LEI DO MENOR ESFORÇO
A natureza funciona com o mínimo de esforço, onde nada se esforça para crescer, apenas cresce.
A condição humana iluminada permite fazer com que os sonhos se manifestem com um mínimo de esforço.

LEI DA INTENÇÃO E DO DESEJO
Toda intenção e todo desejo contêm em si mesmos a potencialidade de se realizarem.
O ser humano pode transformar conscientemente o mundo em vive.

LEI DO DESPRENDIMENTO
O desprendimento é o conhecimento da incerteza, a libertação do passado e a vivência do presente como ele é.
Tendo interiorizado o elemento da incerteza, podemos mudar de direção a qualquer momento, fato este que acelera todo o processo de evolução.

LEI DO DARMA OU DA FINALIDADE DA VIDA
Todas as pessoas possuem uma finalidade na vida...
Que é experimentarmos o êxtase e a exultação do nosso espírito ao colocarmos o nosso talento e singularidade ao serviço dos outros.

Fonte: As sete leis espirituais do sucesso.