domingo, 4 de dezembro de 2011

Uma viagem é um mar de sim e de não


Lago Titicaca.

Dia desses recebi um tweet do @jmarcelofotos convidando a mim e a outras pessoas a escrever e lhe enviar um texto sobre os nossos melhores momentos em 2011. Nesse sentido, a princípio fiquei um pouco bloqueado em relação ao convite, porque, confesso, achei que compartilhar conquistas, sonhos realizados, felicidades pessoais, assim, na internet, poderia ser mal entendido ou até mesmo repudiado por certas audiências.

De fato, não há nada mais agudo e ofensivo para algumas pessoas que a alegria alheia e foi pensando nessas pessoas que controlei meu impulso inicial de escrever sobre a minha viagem ao Peru e enviar para o @jmarcelofotos. Mas depois de alguma reflexão, entendi que o convite ia além disso e que certas reações sempre ocorrerão. Enfim, superado o bloqueio inicial, gostaria de contar sobre como foi divertido e surpreendente viajar sozinho para fora do país, conhecendo gente diferente, lugares exuberantes e comidas exóticas, de maneira que a minha história possa servir de inspiração para outras pessoas que pretendem concretizar uma aventura semelhante.

Grupo da expedição a Machu Picchu.
Como disse, meu destino de férias foi o Peru, especificamente a cidade de Cuzco e seus arredores, onde encontramos, por exemplo, Machu Picchu, principal destino turístico do país. No lugar, temos contato direto com a história do povo Inca e podemos sentir na pele como é viver na altitude de mais de 2.500 metros. A cidade de Cuzco é um centro cosmopolita. Lá se reúne gente de todos os cantos do mundo que chegam à capital do antigo Império Inca para tentar decifrar o enigma que o povo peruano representa aos olhos estrangeiros. Nessa viagem, conheci gente de vários lugares, especialmente de Israel, mas também do Canadá, da França e da Alemanha. Fato que comprova o espírito cosmopolita da cidade.

Visão postal de Machu Picchu.
Dentre os lugares que conheci, destaco dois, quais sejam: Machu Picchu, naturalmente, e o Lago Titicaca. Para chegar até Machu Picchu escolhi o caminho das pedras, pois literalmente caminhei por quatro dias até chegar à cidade sagrada. Já para chegar até o Lago Titicaca a viagem foi de um dia, contudo, muito mais cômodo, pois trata-se de um roteiro turístico em que vamos conhecendo cidades da região sul do Peru, desde Cuzco até Puno, que fica às margens do lago. A viagem ao Peru foi muito significante para mim não somente porque foi a minha primeira viagem internacional, mas também porque fiz isso sozinho em um gesto que posso dizer de total independência. Cada um de nós tem os seus caminhos e os meus precisavam de algo assim esse ano. Por isso, marco essa viagem como o melhor momento para mim em 2011.

Visão panorâmica de Cuzco.
Para finalizar, gostaria de deixar algumas dicas para quem pretende se aventurar em uma viagem assim. Em primeiro lugar, a gente tem que se planejar, pois comprar passagens aéreas com antecedência pode significar um bom desconto, em meu caso foi algo em torno de 50%. Outra dica é viajar fora da temporada de férias, eu viajei em abril, pois os destinos estão menos saturados de gente e os preços se encontram mais acessíveis. É isso aí, desejo a todos um excelente 2012, cheio de sonhos realizados e, consequentemente, muitas alegrias sinceras. Ah, e que o mundo não acabe, pois as coisas parecem que vão ficar boas justamente agora, vocês não acham?

Carlos Correia é biólogo, trabalha no INSS em União dos Palmares, está no Twitter como @ca_correia e eventualmente escreve no blog Lapsos criativos.

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